O music branding vem sendo reconhecido por empresas e marcas, mas ainda há uma grande parcela que duvida do efeito da música nos consumidores. A seguir reunimos algumas pesquisas científicas que comprovam diferentes efeitos da música no cérebro e no comportamento das pessoas.
Music branding
O music branding se refere a tradução dos valores e da identidade de uma marca em sons e melodias, por meio dele é possível ativar sentimentos e estreitar os laços com os consumidores, além de gerar uma maior lembrança da marca no momento da compra. O music branding utiliza diversas estratégias como curadoria musical, música ambiente, logotipo sonoro, playlists personalizadas nas plataformas de streaming de música, criação de trilha sonora para campanhas publicitárias, entre outras estratégias que são capazes de ativar a audição dos consumidores.
Músicas de arrepiar
Os humanos sentem prazer em resposta a estímulos de ordem superior, as respostas estéticas por meio da busca e do envolvimento com as artes, como a música, ativam a mesma rede de recompensa no cérebro que corresponde aos prazeres sensoriais básicos associados à comida, sexo e drogas, por meio de vias responsáveis pelo hormônio dopamina. As pessoas relatam uma gama de sensações corporais e mentais enquanto ouvem música, como a sensação de nó na garganta, sensação de comoção e a experiência de calafrios, sensação de formigamento no couro cabeludo, na nuca e na espinha que é frequentemente acompanhada de arrepios. Embora esses sistemas de emoção e recompensa estejam em todos os humanos, nem todos experimentam respostas emocionais intensas para música, muito menos as mesmas sensações pelas mesmas músicas.
Ao realizar uma tractografia, um exame de ressonância magnética, a pesquisa descobriu que existem diferenças individuais substanciais na tendência de experimentar fortes respostas emocionais à música, e essas diferenças individuais são dependentes de fatores comportamentais e de personalidade. Ao analisar em tempo real o cérebro de pessoas ao ouvirem música, foi possível notar medidas psicofisiológicas durante a audição de música e mostram diferenças quantificáveis entre indivíduos que relatam sentir calafrios e indivíduos que não sentem. Uma espécie de substância branca entre as regiões perceptivas auditivas e as regiões do cérebro importantes para o processamento emocional e social refletem diferenças na tendência de sentir arrepios. Sendo assim, a música provoca sim respostas físicas em nosso corpo, que nos faz sentir os chamados arrepios enquanto a ouvimos, dessa forma nosso corpo transforma o momento de ouvir música em um momento memorável para nosso corpo e nossa mente.
Um remédio chamado música
A música tem sido usada para alterar nossa percepção de dor por milhares de anos em diversos experimentos, vários estudos demonstraram efeitos comportamentais da música em avaliações subjetivas da dor, incluindo reduções significativas na intensidade da dor e no desconforto, com uma probabilidade 70% maior de redução da dor. Ao realizar uma ressonância magnética, o estudo mostrou que houve uma redução significativa na dor durante a condição de música em comparação com a condição sem música, mas a pontuação de dor está relacionada a conectividade entre as pessoas e a música tocada, sendo assim, a música tem o poder de atuar como analgésico, mesmo que atue de forma diferente em cada pessoa.
Música como motivação
Já falamos aqui no blog sobre os efeitos da música em atletas olímpicos, mas isso não se aplica apenas em atletas, e sim em todos que podem utilizar a música como motivação. Pesquisadores descobriram que músicas motivadoras têm um papel importante na performance de corredores, os resultados indicaram que muitos corredores mudaram a atenção entre a sensação da corrida e a música, quando música inspiradora e rock foram tocadas, um “efeito de diversão” foi evidente durante a corrida. Os participantes relataram motivação para continuar correndo durante o rock e a música inspiradora. Além disso, a música atua como distração, a melodia e o ritmo da música estão associados ao prazer e desviam a atenção do desconforto, da dor e do nível de esforço experimentado durante a corrida em sua fase inicial e intermediária, o que oferece aos corredores uma performance melhor.
A marca de isotônicos Powerade aproveitou esse benefício da música para criar playlists com seis temas ligados a esportes: Yoga, Skate, Alongamento, Bike, Academia e Corrida. O objetivo era que cada atividade tivesse seu universo sonoro para que fosse aproveitada ao máximo com o jeito Powerade. Para a divulgação da ação, foi criado uma página exclusiva e no total as playlists somaram mais de 7 mil salvamentos, nós da Gomus fomos os responsáveis pela curadoria das playlists que iriam ser a trilha sonora de cada atividade física. Confira uma das playlists criadas para o perfil da marca.
O efeito da sua música preferida
Um estudo avaliou se a música preferida tem efeito diferente entre os sexos durante a prática de corrida, os pesquisadores descobriram que as mulheres prestam mais atenção e são mais motivadas ao ouvir música durante o exercício, ao ouvir suas músicas preferidas as mulheres alcançam resultados melhores, enquanto os homens são mais motivados pelo ritmo da música.
Inspire-se com a Gomus
Essas são só algumas das descobertas científicas que envolvem o efeito da música na mente e no corpo humano, o que comprova que o music branding pode ser benéfico para sua marca. A seguir, confira alguns cases desenvolvidos por nós que despertam diferentes sensações nos clientes.
Ben & Jerry’s
Para a marca de sorvetes Ben & Jerry’s, na unidade do Zona Sul, desenvolvemos uma ativação bem humorada e divertida. Cada vez que um cliente abria a porta da geladeira para pegar seu sorvete Ben & Jerry’s, ele recebia uma interação inesperada. Algumas pessoas puderam sentir a adrenalina correndo pelas veias e vão comentar sobre essa ação com pessoas próximas, levando o nome da marca para além. Confira abaixo o resultado e a reação dos clientes.
Hering
A marca de roupas Hering realizou uma ativação diferente com seus clientes no fim do ano. No Natal de 2019, a marca colocou em suas vitrines sound domes ou guarda-chuvas sonoros, os clientes então poderiam escolher entre três sentimentos: amor, felicidade e fortuna, ao entrar na cápsula eles ouviriam músicas que remetem ao sentimento escolhido. Nós fomos os responsáveis pela curadoria musical, os clientes também poderiam ouvir as playlists por meio de um QR Code, o que levava a experiência para além da loja. Veja como os consumidores receberam essa ativação.
A música pode ativar sentimentos e ser uma grande fonte de inspiração quando falamos de conexão entre marca e clientes, estamos ansiosos para você descobrir ainda mais o poder da música.
Crédito foto de capa: Mikhail Nilov
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