Você já parou para pensar sobre as comunidades e como elas se formam? Se olharmos para o conceito de comunidade, ela surgiu como uma oposição ao conceito de sociedade, comunidades são formadas por pessoas que possuem um laço afetivo. Como as marcas podem criar a chamada comunidade de marca e gerar conexão? Continue a leitura e saiba mais.
O que são comunidades e por que elas se formam?
O movimento de comunidades é reflexo de uma procura gradual e cada vez mais forte tanto de forma online quanto de forma presencial por afinidades em comum e conexões com relevância. A comunidade remete a um lugar em que há um laço social, um laço invisível em que mantém as pessoas unidas.
Se analisarmos o contexto da América Latina, entendemos também que as comunidades têm muito a ver com o afeto e o escapismo, estamos sempre entre os sentimentos de otimismo e preocupação, além disso, o clima de incerteza faz com que mais pessoas busquem comunidades para se sentirem seguras.
O que as marcas precisam saber sobre comunidades
Com a busca mais intensa por conexão, relevância e conhecimento surge a Mínima Comunidade Viável (MVC), marcas precisam estar integradas a comunidades, porque a relevância da empresa nessa nova era depende das conexões que consegue criar e acelerar, quanto mais bem conectada mais valiosa a marca é. A seguir, confira alguns pontos-chave que a Harvard elencou como sendo essenciais para entender sobre comunidade de marca.
Comunidade é uma estratégia de negócio
Muitas empresas podem achar que a chamada comunidade de marca é uma estratégia de marketing, mas na verdade é uma estratégia de negócio e deve apoiar os objetivos de toda a empresa. Em uma empresa com foco na comunidade, por exemplo, todos os colaboradores devem se sentir pertencentes à equipe, o contato de colaboradores com as lideranças deve ser fácil e direto, tudo isso fortalece e cria ainda mais o senso de pertencimento.
A comunidade deve servir as pessoas que fazem parte dela
Para que a comunidade dê certo é preciso que ela seja feita pensando nas necessidades e nos interesses de quem participa, é isso que poderá impulsionar as vendas da sua marca, a fidelidade é a recompensa por atender às necessidades das pessoas da comunidade.
A comunidade gera valor para a marca
As pessoas criam fortes laços graças a objetivos e valores compartilhados, caso esse laço não seja feito em sua comunidade, sua marca não será o motivo para que uma comunidade surja, mas ela estar atrelada a uma comunidade torna ela muito valiosa.
As comunidades não existem só nas redes sociais
Apesar da internet alavancar o surgimento de comunidades, ela não é o único local onde elas devem existir ou surgir, a Harley-Davidson por exemplo, foi uma das primeiras marcas a criar uma comunidade antes do surgimento das redes sociais, os encontros eram presenciais em bares e restaurantes na beira das estradas. A comunidade pode surgir nas redes sociais, mas ocupar os espaços é essencial para tornar esses laços mais fortes.
A música sempre foi sinônimo de comunidade
A música sempre foi sinônimo de comunidade, os grupos se dividiam entre punks, emos, entre outros que tinham um roteiro clássico de como se vestir, falar, o que se importar e é claro, o que ouvir, as pessoas extraíam parte de sua identidade desses pequenos grupos. As comunidades se formam a partir das bandas que ouvem, quem nunca fez parte dos chamados fã clubes? E não é atoa que as marcas também estão recorrendo a música para ajudá-las a criar comunidades e conexões com os consumidores. A seguir confira alguns exemplos.
Comunidade Hip-Hop
O hip-hop surgiu no Bronx, nos Estados Unidos, mas o som cresceu muito além de suas raízes, hoje o interesse pela música Hip-Hop se tornou global, o Hip-Hop não é mais apenas um gênero musical, é uma ideologia, uma forma de viver e está entrelaçada a moda e a dança. A moda streetwear nasceu do hip-hop e marcas surgiram para responder a esse crescimento, Louis Vuitton, por exemplo, chamou em 2023 o cantor Pharrell Williams para ser diretor criativo da marca, entrelaçando ainda mais o Hip-Hop à imagem da empresa.
Comunidade K-pop
O K-pop é muito mais do que um gênero musical, é uma comunidade e uma indústria que abrange desde música até produções audiovisuais, os chamados doramas. Segundo a Billboard, A YG, empresa do Blackpink, outro nome de expressão do K-pop, faturou US$ 120 milhões de abril a junho de 2023. No Brasil, as comunidades se concentram mais ainda em São Paulo, onde há uma colônia coreana bem expressiva. O K-pop engloba toda a cultura coreana e seus produtos, como pratos típicos, moda. coreografias, séries, música, o que torna muito mais fácil criar laços. A marca Calvin Klein, por exemplo, recentemente anunciou o grupo K-pop NewJeans, formado por meninas, como embaixadoras globais da marca.
Conte com a Gomus
O music branding é uma forma de apresentar para o mundo a identidade da sua marca, quais são seus valores e o que defende, o que favorece a criação de laços e a formação de comunidades, segundo dados do relatório divulgado pela WARC, empresa especializada em informações, dados e análises, cerca de 40% dos usuários valorizam marcas que demonstram sua personalidade.
Por meio de estratégias como curadoria musical, música ambiente, playlists personalizadas, trilha sonora para publicidade, entre outras, é possível transmitir a identidade da sua marca e aproximá-la das pessoas, criando laços mais profundos e até mesmo contribuindo para o surgimento de uma comunidade de marca.
Seja para ativações de campanhas digitais com playlists customizadas no Spotify, por exemplo, ou ativações físicas como shows em lojas, de sonorização no PDV à criação de uma identidade sonora para a marca, os sons atrelados a sua marca ajudam a construir as impressões que o público tem. Para todas essas frentes, conte com a Gomus para tornar isso possível.
Crédito foto de capa: Pexels user
Fontes: Havard Business Review | Harvard Business Review | TikTok for Business | Billboard | Steal The Hook
Comunidades tradicionais e neocomunidades. Lifschitz, Javier Alejandro Editora Contra Capa, 2017