Love brands: é possível criar um amor igual ao dos fãs de música para as marcas?

jun 4, 2025 | Para sua Marca

O amor que os fãs sentem pelos seus artistas favoritos tem explicação científica, mas é possível que esse amor seja sentido por uma marca? As chamadas love brands criam um amor profundo com seus consumidores, que são capazes de defender a marca e divulgá-la sem pagamento algum. Continue a leitura para entender melhor sobre as love brands e como o music branding pode ser uma parte importante desse relacionamento.

O que são love brands?

O sentimento que envolve as love brands é o amor que os consumidores sentem em relação à uma marca, que os inspira a interagir com seu conteúdo, comprar seus produtos ou serviços e escolher sua empresa em vez de um concorrente e divulgá-la. Em um mercado cada vez mais concorrido é importante criar uma relação duradoura e forte com os clientes.

Amar uma marca assim como um artista é possível?

Os fãs são fenômenos de lealdade e paixão na qual as pessoas sentem por figuras públicas, pode ser por músicos, atletas, atores ou até mesmo personagens fictícios.

O que nos explica esse fenômeno é a teoria da identidade social de Henri Tajfel e John C. Turner de 1979, a teoria sugere que as pessoas categorizam seu mundo social em grupos aos quais pertencem (“nós”) e coletivos aos quais não pertencem (“eles”), é por isso que surgem nomes para o grupo de fãs de determinado artista, como é o caso dos fãs de Taylor Swift, os chamados swifties. Há pesquisas que comprovam que o senso de pertencimento pode melhorar o bem-estar emocional e a autoestima.

Um conceito que explica muito bem esse relacionamento que é criado entre fã e artista, é o conceito de relacionamento parassocial, uma ilusão de um relacionamento pessoal entre o espectador e uma figura da mídia, os relacionamentos parassociais podem ser tão significativos quanto os reais em termos de apoio emocional e conexão.

Como criar uma love brand?

Construir uma love brand é como cultivar o amor em qualquer relacionamento, é o seu produto fazer o que você diz que fará e ouvir o feedback quando não fizer. O relatório Sprout Social Index de 2025 constatou que os consumidores são mais propensos a favorecerem marcas nas redes sociais que oferecem um produto ou serviço de alta qualidade. O relatório também revela que os consumidores consideram as características mais importantes do conteúdo de marca: autenticidade e capacidade de identificação. As pessoas também devem fazer do atendimento personalizado ao cliente sua principal prioridade nas mídias sociais em 2025. 

Como o music branding pode ajudar na criação de love brands

A música é capaz de promover senso de comunidade e pertencimento, algo essencial nas love brands. Um ótimo exemplo disso são os shows da banda Coldplay, suas apresentações ao vivo criam uma atmosfera energizante, com sua música envolvente e efeitos visuais são capazes de criar o chamado “Fluxo”, um estado mental no qual uma pessoa está completamente imersa em uma atividade, experimentando a sensação de foco e prazer. Pesquisas recentes mostram que as experiências de fluxo em eventos musicais podem ter um impacto positivo duradouro no bem-estar emocional dos participantes. 

Além disso, as emoções intensas ativadas ao ouvir música estão associadas à liberação de dopamina, essa liberação reforça o comportamento, fazendo com que a pessoa busque repetir experiências como essa. 

Como saber se sua marca é uma love brand?

Love brands é possível criar um amor igual ao dos fãs de música para as marcas
Crédito: rawpixel.com

Identificar uma love brand ou medir como a marca tem recebido esse amor dos consumidores não é uma tarefa fácil, mas alguns fatores podem ajudar você a entender se sua marca está no caminho certo. 

Conscientização 

Se você não precisa mais explicar aos consumidores o seu produto, esse é um sinal de que você está no caminho de se tornar uma love brand, isso porque a conscientização das pessoas em relação a sua marca faz com que ela seja vista de forma diferente dos seus concorrentes.

Engajamento 

O engajamento geral nas redes sociais é uma das principais métricas a serem observadas, como comentários, compartilhamentos e reações. O engajamento ajuda a entender se os consumidores estão alinhados à sua missão.

Sentimento

É claro que as métricas de engajamento já dão algumas respostas, mas ela não ilustra todo o alcance da adesão da comunidade à sua narrativa, é aí que entra o sentimento. Qual é o tom que as pessoas usam ao falar sobre sua marca ou produto? 

Advogados da marca

A melhor propaganda é sempre o boca a boca, as love brands usam essa estratégia da melhor forma, se seus clientes estão defendendo sua marca nas redes sociais quando alguém crítica ou fala mal dela, isso é um sinal revelador de que sua estratégia de love brand está funcionando. 

Conteúdo gerado pelo usuário

As pessoas citam sua marca em conteúdos de forma espontânea? Promovendo os seus produtos e serviços para outros compradores? Essa é uma ótima métrica junto aos advogados da marca. 

Conte com a Gomus

Construir uma love brand é criar momentos que façam seu público se sentir visto, valorizado e conectado, quanto mais amor você der ao seu público, mais os relacionamentos da sua marca vão florescer. Há dois lados que envolvem uma love brand, o lado racional, focado em entregar qualidade e preço, e o lado emocional, que é influenciado pelos sentimentos que as pessoas associam a sua marca.

A Gomus é sua parceira na hora de trabalhar o lado emocional da sua marca, por meio de ativações, curadoria musical, playlists personalizadas, música ambiente para loja, entre outras ferramentas de music branding é possível estreitar os laços entre você e seu consumidor. Estamos ansiosos para tornar sua marca autêntica e criar um senso de pertencimento com a ajuda da música. 

Crédito foto de capa: Loe Moshkovska

Fontes: Relatório Sprout Social Index 2025 | The Conversation | Sprouts Social | The Coversation

Van den Scott, LJ.K. (2023). Teoria da Identidade Social. Em: Poff, DC, Michalos, AC (orgs.) Enciclopédia de Ética Empresarial e Profissional. Springer, Cham. 

Reysen, Stephen & Branscombe, Nyla. (2010). Fanship and fandom: Comparisons between sport fans and non-sport fans. Journal of Sport Behavior. 33. 176-193.

Horton, D., & Wohl, R. R. (1956). Mass communication and para-social interaction. Psychiatry: Journal for the Study of Interpersonal Processes, 19, 215–229.

Pereira, A. M. F., Fernandes, S. C. S., Bittencourt, I. I., & Félix, A.. (2022). Teoria do fluxo e aprendizagem no contexto brasileiro: uma revisão sistemática de literatura. Educação E Pesquisa, 48, e237870.

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