A indústria da música sofreu mudanças ao longo dos anos, principalmente influenciada pelas redes sociais, mais especificamente, do TikTok, que é considerada uma rede que impulsiona a música de maneira diferente de outras plataformas. Continue a leitura para entender melhor essa relação entre redes sociais e música.
A mudança da indústria da música
A democratização da produção musical e o acesso às plataformas de distribuição permitiram que mais artistas compartilhassem seu trabalho com o mundo, mas isso também trouxe o fenômeno de superprodução e consumo acelerado, segundo dados do Spotify, há 60 mil músicas enviadas para a plataforma todos os dias, o desafio então se tornou criar músicas que permaneçam na memória, pois há tantas opções que é difícil o usuário escolher o que ouvir.
Antes os artistas se preocupavam em criar hinos que transcendem suas gerações, agora muitos se preocupam com a viralidade e o sucesso rápido, focando na captura de atenção dos ouvintes em apenas alguns segundos. Essa mudança de ação teve grande influência do TikTok, plataforma que transformou a música em fonte de conteúdo, com danças e trends.
A influência das redes sociais na música
Uma música que se torna popular no TikTok tem muito mais chances de chegar ao topo das playlists, tudo isso por conta da cultura do consumo imediato e seu caráter viral, onde as músicas viram memes – conteúdos compartilhados rapidamente sendo aplicado a diferentes contextos depois de ter sido construído um entendimento social sobre seu significado. Para se adaptar a essa cultura e aproveitar esse novo comportamento, as músicas foram encurtadas e trechos cativantes maximizam o potencial viral de uma música. O TikTok não só influencia o desempenho das músicas em outras plataformas, mas também o consumo de música, segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), 63% dos ouvintes entre 16 e 24 anos descobrem música por meio de vídeos curtos em plataformas como TikTok ou Instagram. Esse comportamento também fez as gravadoras mudarem seu modelo de negócio, os contratos passaram de álbum para singles e o sucesso da música é medido pelo engajamento digital em vez de vendas físicas ou sucesso a longo prazo.
Segundo análise divulgada pelo Chartmetric, a duração média das músicas mais ouvidas no Spotify passou de 4 minutos em 2010 para 2 minutos e 30 segundos em 2023, essa redução não teve influência apenas das redes sociais, mas também da forma como as plataformas de streamings pagam os artistas, que consideram uma reprodução válida após os primeiros 30 segundos. Podemos notar uma mudança na composição musical, solos instrumentais e introduções longas foram retiradas da maior parte. Um estudo do MIT mostrou que a capacidade média de atenção diminuiu 40% na última década, o que explica porque os ouvintes preferem músicas mais curtas.
Entre ganhos e perdas dessa nova realidade, é interessante sempre ver as oportunidades e também estar atento ao que podemos resgatar do passado ao nosso favor. As redes valem hoje como um meio de descoberta, consumimos uma variedade muito maior de músicas, artistas e gêneros, temos mais acesso a produções culturais de outros paises assim como um maior espectro para trabalhar nossa individualidade, como pessoa física e como marcas também. O desafio da atenção atua como um direcionamento para novas estratégias, mais criativas, que contornam e tiram proveito estrategicamente desse comportamento, ao mesmo tempo que abre espaço para a nostalgia do resgate ao storytelling de álbuns, por exemplo, quando isso se torna algo de diferencial numa indústria que se preocupa atualmente com experiências mais efêmeras. O music branding entra nas marcas para ter uma leitura dessas dinâmicas e inserir as marcas de forma mais cativante, acompanhando os movimentos.
Onde foi parar a identidade?
O que notamos atualmente é uma quantidade enorme de músicas que se assemelham entre si, utilizando as mesmas melodias e batidas, o uso dos chamados samples de músicas já consagradas e conhecidas pelo público também cresceu drasticamente.
A questão que mais preocupa quem trabalha na indústria é a perda de identidade, já que grande parte dos artistas prefere seguir caminhos conhecidos e evitar a busca pela identidade própria, e isso não está acontecendo apenas na música, mas em diversas áreas. As marcas então se tornam menos autênticas e preferem aproveitar a estratégia que deu certo na concorrência, é nesse momento que a Gomus entra em ação para mostrar como ter uma identidade única e comunicá-la do jeito certo pode trazer resultados incríveis.
O tempo que as marcas têm para se conectar com o público nas mídias sociais é cada vez menor, nesse espaço, o mais importante é criar uma vibe que possa ser compreendida e conectada instantaneamente, e isso pode ser feito por meio da música. A capacidade da música de rapidamente comunicar uma emoção é incrível, e mesmo alguns segundos antes do consumidor rolar a tela, você consegue transmitir aquela vibração tão importante.
Segundo dados do relatório The Amplify – The Sound Of Beauty, divulgado pela agência AMP Sound Branding, a maioria das marcas, principalmente as de beleza, acabam utilizando as músicas que estão em alta no momento, mas o grande problema disso é fazer com que a estética da sua marca gire em torno dessa vibração temporária, que pode se tornar chata e desatualizada antes mesmo que as pessoas a ouçam. Como as marcas geralmente respondem à cultura em vez de criá-las, elas precisam ser flexíveis em sua abordagem e responder de forma mais relevante ao momento.
A grande vantagem de criar uma identidade sonora é que ela permite que você entre no momento cultural e seja reconhecível, poder criar qualquer número de faixas, em qualquer estilo que possa imaginar, ao mesmo tempo em que constrói o reconhecimento da marca por meio de melodias únicas e riffs entrelaçados por toda parte. Um identidade sonora traz as marcas todos os benefícios de um jingle clássico, mas é flexível o suficiente para ser transformada em um som para praticamente qualquer tendência passageira do TikTok.
Continue autêntico
Apesar da música ter trilhado caminhos diferentes por influência principalmente das redes sociais, seus benefícios continuam os mesmos, a música é uma linguagem universal, capaz de traduzir mensagens e criar conexões em qualquer lugar, ao incluir a estratégia de music branding em sua marca, é uma forma de reforçar sua identidade e se diferenciar dos concorrentes que não apostam no marketing sensorial. A seguir confira alguns serviços da Gomus que garantem que sua marca tenha uma identidade musical única e alinhada com as tendências do mercado.
Produção de trilhas e ativos originais
Há 20 anos a Gomus produz trilhas sonoras autênticas para marcas consolidadas no mercado, um dos nossos diferenciais é nossa produção musical, de acordo com o objetivo do projeto criamos trilhas sonoras exclusivas. Recentemente, a Gomus desenvolveu em conjunto com a Cinemotion Films a trilha original para o vídeo de lançamento da nova era Phebo, que buscou resgatar as origens da marca em Belém do Pará.
A trilha é uma composição sensorial e dinâmica que equilibra com maestria elementos autênticos do carimbó e texturas cinemáticas. Utilizamos uma mistura envolvente de percussão e cordas, além de elaborarmos cuidadosamente a ambientação sonora com sons da natureza, com folhas ao vento, pássaros e cantos indígenas, materiais como sementes, cascas e cocos secos, tudo isso para criar uma conexão profunda com o ambiente e a essência da marca. Confira o resultado abaixo.
Desenvolvemos também trilhas sonoras para desfiles e fashion films, normalmente esse som conversa com a personalidade da marca e com a mensagem que a coleção de roupas quer passar. Desenvolvemos a trilha sonora para o desfile na São Paulo Fashion Week da marca Lenny Niemeyer, que produz peças inspiradas no lifestyle carioca, principalmente beachwear. Confira o fashion film que apresenta de forma única o processo de criação da nova coleção da marca e o desfile.
Curadoria musical
A curadoria musical é o processo de selecionar músicas que transmitem a identidade de uma marca, essa estratégia pode ser utilizada para os mais diversos canais, seja para escolher a música certa para incluir em uma publicidade, para criar playlists exclusivas para o perfil da marca nos streamings de música, para selecionar os sons para o ambiente da loja, e é claro, até mesmo para definir qual a melhor música para usar nas redes sociais em determinadas ações e campanhas.
O mercado da música muda diariamente e a Gomus está acompanhando tais mudanças para que sua marca não seja apenas mais uma entre os concorrentes, aqui criamos um music branding autêntico capaz de comunicar sua identidade para seus clientes e criar conexões duradouras, estamos ansiosos para mergulhar no universo da sua marca.
Crédito foto de capa: Freepik
Fontes: BBC | Chartmetric | IFPI | Superinteressante | Coolhuntermx | The Amplify – The Sound Of Beauty