Quando falamos em sites ou aplicativos, um dos principais pontos a serem levados em consideração deve ser a experiência do usuário, também chamada de UX. A plataforma não deve ser apenas eficaz para quem está navegando, mas oferecer uma experiência agradável e memorável, é nesse momento que o sound UX se torna parte importante da sua plataforma. Continue a leitura e saiba mais!
O que você precisa saber sobre UX
O desenvolvimento de sistemas interativos é um processo complexo, para comunicar a interface precisa envolver o usuário, é por isso que se faz necessário um profissional focado na jornada do usuário, o problema é que muitas empresas acham que apenas o estímulo visual é importante quando falamos de UX, por essa razão vagas de UX designer são tão comuns, mas a verdade é que o UX deve ser uma combinação entre imagem, som e hipertexto. Se vê pouco investimento em áudio, apesar dele trazer qualidade ao conteúdo, facilitando a acessibilidade das informações e as tornando mais atrativas.
O que é sound UX?
O sound UX é o processo de sistematizar a criação, a produção e a implementação de som em sistemas interativos. Toda experiência que os humanos vivenciam é percebida através dos órgãos dos sentidos, a indústria de games já nos mostrou que o áudio é muito importante para a experiência de engajamento e imersão.
Em ambientes interativos, a presença de áudio dinâmico intensifica a imersão do usuário e potencializa processos cognitivos adicionais, levando a experiência de interação a um cenário diferente. Uma vez que a interface atinge os usuários em sentidos distintos, seus níveis de percepção devem ser melhor trabalhados. Assim como o visual é capaz de persuadir e indicar ao usuário qual o caminho ele deve seguir na interface, o som também é capaz de fazer esse papel.
Como é o processo de criação de sound UX
O processo de criação de sound UX não é simples, é necessário selecionar os possíveis sons para o projeto, o que envolve uma leitura precisa das possibilidades do usuário e dos objetivos da plataforma, com bases nessas referências é possível definir um conceito de design de áudio. O som utilizado deve ser analisado por completo, observando seu conteúdo, forma e função, pois o estímulo sonoro deve transmitir uma mensagem e não apenas servir como distração, os sinais acústicos devem ser explorados para maximizar os efeitos comunicativos da interface. O sound UX vai definir em que circunstâncias o som será disparado, se ele é reativo, dinâmico, interativo ou adaptativo, ou seja, qual será o comportamento do áudio com o usuário.
Os elementos sonoros devem exercer funções estruturais, narrativas, imersivas e estéticas, profissionais experientes devem decidir que tipo de conteúdo será transmitido pelos sons, qual a natureza desses sons e como eles contribuirão para atingir os objetivos da jornada.
Os sons são capazes de ativar emoções e essa função também deve ser levada em conta, por meio do áudio é possível ativar diferentes reações emocionais de seus usuários durante a navegação.
Alguns cuidados necessários após a criação de interfaces
Depois de uma interface criada, seja ela um site ou aplicativo, é importante que após o lançamento o projeto não seja finalizado, isso porque após colocar o projeto no ar, há uma série de melhorias que podem ser feitas para aprimorar a experiência do usuário. É importante ficar atento aos seguintes pontos:
Cliques de raiva: quando as pessoas clicam repetidamente em algo por frustração.
Cliques mortos: quando as pessoas clicam em algo que não é clicável.
Rolagem excessiva: quando as pessoas rolam a página para cima e para baixo procurando algo.
Retornos rápidos: quando as pessoas visitam uma página por engano e retornam rapidamente para a página anterior.
Além disso é importante observar a taxa de rejeição e saídas, essas métricas indicam que algo está errado e deve ser analisado com mais profundidade, esses pequenos erros podem ser ajustados com a ajuda do sound UX.
Sound UX e music branding
O sound UX é uma parte importante do music branding, pois a experiência do cliente deve se assemelhar a experiência do usuário, a identidade musical da marca deve ser levada em conta na hora de criar o sound UX, só assim a experiência será memorável e sua marca fará parte da lembrança do usuário. É possível desenvolver sound UX sem um music branding, mas o branding da marca é prejudicado, caindo num lugar comum sem adicionar camadas de interesse.
Inspire-se com nossos cases
Observar um projeto de sound UX na prática ajuda a entender os conceitos explicados anteriormente, separamos então dois cases em que nossa equipe foi essencial para oferecer uma experiência memorável para o usuário.
Site Gomus
Nossa marca passou por um rebranding recentemente e nosso site também foi modificado, desde a parte de navegação até a parte visual e sonora. Fernando Porto, produtor musical e responsável pela criação da trilha, conta que foi um desafio empolgante e uma grande responsabilidade para ele, pois criar uma trilha proprietária e contemporânea para uma marca já reconhecida por definir o som de diversas empresas renomadas exigia precisão e criatividade.
“Como traduzir essa força em uma trilha que não apenas acompanhasse o design do site, mas também trouxesse vida à navegação? A resposta veio através de experimentos sonoros, um laboratório voltado para capturar a essência da Gomus e oferecer uma experiência sonora envolvente. Ao compor para websites, especialmente em projetos de branding sonoro, o foco está no equilíbrio entre uma música que seja sutil o suficiente para não distrair, mas marcante o bastante para deixar uma impressão duradoura”, revela Fernando.
O principal objetivo da trilha foi criar uma atmosfera acolhedora e moderna. Há uma sutileza na construção rítmica que mantém o dinamismo, sem perder a leveza, criando um ambiente sonoro que inspira foco e conforto. Os arpejos eletrônicos suaves da música acompanham a experiência de navegação de forma fluida, conectando os visitantes ao universo da marca de maneira sutil e elegante.
Outro ponto importante foi a adaptação à experiência de usuário (UX). Para sites, é fundamental que a trilha não se torne repetitiva ou cansativa. “Mantive uma estrutura que, apesar de simples, apresenta variações rítmicas e melódicas suficientes para garantir que o usuário sinta a continuidade, mas sem perceber uma repetição evidente”, completa o produtor musical. Fernando também ressalta que o som é parte do design, e precisa harmonizar com todos os elementos visuais, interativos e textuais da página.
No fim, o desafio é equilibrar a musicalidade com a funcionalidade, garantindo que o som não seja um acessório, mas um elemento essencial da experiência de navegação. Acesse nosso site para conferir o resultado, também é possível escolher ativar ou desativar a trilha sonora, tudo depende da preferência do usuário.
Aplicativo de Meditação Natura
Em 2019 desenvolvemos o sound UX e produzimos os sons para o aplicativo de meditação da Natura, empresa de cosméticos com mais de 50 anos de história e que preza pela preservação da natureza, assim como a identidade sonora explorando o tom de voz que guia as práticas. O objetivo era trazer o universo sonoro da marca para dentro do aplicativo de meditação, para isso escolhemos usar instrumentos diversificados para compor os sons, usamos desde sementes até flauta de bambu, uma forma que encontramos de trazer os sons da natureza e a identidade da marca para dentro da plataforma. Foram produzidos 200 minutos de paisagens sonoras, o que dá mais de 3 horas de sons criados, além de uma hora e meia de práticas de meditação gravadas e uma hora de jornadas meditativas criadas. Confira a seguir o processo criativo e o resultado desse projeto especial incrível.
Conheça a Gomus
Há 20 anos criamos identidades sonoras para diversas marcas que estão há décadas no mercado nacional e internacional, além de projetos de sound UX, realizamos music branding, curadoria musical, produção sonora, ativações, entre outras estratégias que fazem parte do marketing sensorial. Estamos ansiosos para levar a atmosfera da sua marca também para os ambientes online.
Crédito foto de capa: Diana Onfilm
Fontes:
