O festival Rock in Rio foi lançado em 1985 pelo empresário Roberto Medina e teve um importante papel na consolidação do cenário rock brasileiro na década de 80, isso porque o festival fez com que o Brasil começasse a ser visto como destino interessante para grandes shows internacionais.
Em 2024 o festival abre espaço para o sertanejo em seu aniversário de 40 anos, o que dá lugar para o debate sobre as mudanças de line-up e da experiência musical oferecida pelo evento. Continue a leitura para saber mais!
Quando tudo começou
Para entender onde o festival chegou é importante entender onde tudo começou. O evento teve início em 1985, ano em que o Brasil passava por uma transição política e histórica, era o fim da ditadura militar que durou 21 anos, sendo assim o festival se apoiou no cenário sociopolítico da época para dar aos jovens a possibilidade de comemorar a democracia da melhor forma possível. O Rock in Rio foi inspirado em outras experiências musicais, como o Monterey International Pop Festival, a Woodstock Music and Art Fair e os Festivais da Ilha de Wight. Durante 10 dias, 1,3 milhão de pessoas conferiram os shows das bandas de rock mais conhecidas, como Queen, Ozzy Osbourne, AC/DC e Iron Maiden, mas se engana quem acha que só teve rock, teve também a presença de gêneros como new wave e jazz.
Rock in Rio ao redor do mundo
O festival não ficou apenas no Brasil, foi implementado então o plano de internacionalização, levando o festival a Portugal, Espanha e Estados Unidos. Ao longo das edições ao redor do mundo foram incluídas inúmeras ações durante o festival, como parque de diversões, lojas, restaurantes, palcos laterais e até arena de jogos, o local do Rock in Rio passou a se chamar cidade do rock.
Festival de um gênero só
O nome Rock in Rio sempre foi alvo de debate desde a primeira edição, isso porque o festival nunca restringiu a programação a apenas um gênero. Em 2001, o evento teve um dia totalmente dedicado ao pop adolescente com N’Sync e Britney Spears como headliners, no dia seguinte o metal foi o foco, tendo Iron Maiden e Rob Halford como atrações da noite. Foi o ano que o festival também implementou os palcos secundários, chamados de “tendas”, cada tenda era destinada a um gênero musical ou um assunto, tendo até espaço para debates e palestras com personalidades.
Apesar do logotipo do evento conter elementos que se associam ao rock, os organizadores reforçam que o rock está muito mais relacionado a um tipo de comportamento do que a apenas um gênero, Roberta Medina, filha do criador do festival, também revelou que “o rock não é apenas um estilo musical, se fosse um evento de rock, o Rock in Rio não seria tão grande como é hoje, seria um evento de nicho.”
A discussão sobre o line-up é antiga
Não é de hoje que há uma discussão sobre quais artistas se encaixam ou não no line-up do festival. A cantora Anitta, por exemplo, teria sido ignorada pela produção do festival em 2017 por supostamente não se encaixar com o evento, mas em 2019 ela retornou como atração e gerou intenso debate entre os fãs de música. A presença constante de divas pop brasileiras no Rock in Rio têm incomodado os fãs da experiência musical que o evento proporciona. Há um grande preconceito em relação ao funk carioca, gênero musical oriundo de favelas e territórios periféricos, o que foi notado quando Anitta foi anunciada como atração em 2019.
Para celebrar os 40 anos do Rock in Rio o festival resolveu incluir um dia dedicado aos artistas brasileiros, o que inclui o gênero sertanejo, notamos então uma nova onda de críticas vindo de fãs que não concordam que o festival não está atrelado a apenas o gênero rock.
Chamado de Dia Brasil do Festival, as atrações serão Chitãozinho e Xororó, Ana Castela, Luan Santana, Simone Mendes, Alcione, Zeca Pagodinho, Carlinhos Brown, Felipe Ret, Matuê, Lulu Santos, Jão e muito mais. Ao todo serão nove gêneros musicais que trarão ao festival a essência do Brasil e sua diversidade.
Muito mais que uma experiência musical
A verdade é que ao longo dos anos o festival deixou de ser apenas uma experiência musical e se tornou diversão para toda a família, oferecendo parque de diversão e atividades patrocinadas por anunciantes, é nesse momento que as marcas se inserem para tornarem parte dessa experiência que traz lembranças e sentimentos positivos para quem participa. Ao unir marcas e música é possível cativar muitos clientes em um contexto cativante capaz de criar memórias emocionais com a marca.
Ao analisar a trajetória do festival é nítido que a inclusão de diversos gêneros, principalmente do pop, considerado por muitos o gênero universal, foi com a intenção de tornar o festival muito maior, ao focar apenas em um gênero o festival não teria se tornado o que é hoje.
Sua marca está investindo em apenas uma estratégia de marketing? Talvez seja a hora de você pensar em diversificar e assim alcançar cada vez mais pessoas, assim como o Rock in Rio fez. Ao atrelar sua marca a experiências musicais, como festivais e ativações sonoras, a memorização e pensamentos positivos relacionados a marca podem aumentar os resultados nos pontos de venda.
O mais recente exemplo de marca que desenvolveu uma estratégia exclusiva com o Rock in Rio foi o Ifood, que em 2024 será o delivery oficial do festival. Para aproximar ainda mais os consumidores e oferecer uma experiência musical para quem não vai comparecer ao festival, a marca criou o Ifood Fã Clube Festival, um evento exclusivo para os consumidores que efetuaram compras pelo aplicativo. Foram sorteados ao todo 4.600 ingressos entre os clientes para acompanharem de perto o show de três nomes já confirmados no Rock in Rio: Jão, Luísa Sonza e Mc Cabelinho. O evento aconteceu no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Há 20 anos nós da Gomus observamos o poder da música na estratégia de marcas, realizamos ações de music branding para expandir a atuação da marca nos festivais, além disso, realizamos a curadoria para eventos. Por meio dela buscamos mudar o humor e estimular sentimentos que vão influenciar as decisões dos clientes. Acesse o site e conheça nossos cases de sucesso.
Fontes: